No último sábado (13), quando deveria ser um sábado de carnaval, se não fosse pelos cancelamentos devido à pandemia, o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, usou as redes sociais para fazer uma alusão do desfile da escola de samba Gaviões da Fiel em 2019 com a impossibilidade de se festejar em 2021.
Na postagem, Machado usa uma junção de imagens, uma que mostra a comissão de frente da agremiação paulista de 2019 — que foi considerada blasfêmia por cristãos em todo o país — e uma foto do Sambódromo vazio em 2021.
“Dá pra entender quem manda? Ou tem que desenhar?”, escreveu o ministro.
Com a publicação, ele foi duramente criticado por atacar o evento que, como ministro do Turismo, deveria promover, considerando que o Carnaval é uma das maiores festividades do país.
“Sou contra tripudiar e blasfemar o nosso Pai”, disse o ministro, revelando não ser contra o Carnaval, mas sim, à forma como foi abordado um tema cristão pela Escola de Samba.
A polêmica que envolve o desfile citado pelo ministro é devido a encenação do embate entre o diabo e um santo, representada pela comissão de frente da Gaviões da Fiel.
Machado Neto já havia exibido sua religiosidade publicamente em junho de 2020, antes de virar ministro, quando tocou “Ave Maria” de Schubert na sanfona em uma transmissão ao vivo do presidente Jair Bolsonaro, para homenagear as vítimas do coronavírus.
Por: Rhajjah Benites