Quatro organizações norte-americanas foram rotuladas como “grupos de ódio” por promoverem o casamento entre homem e mulher, sendo elas Alliance Defending Freedom, C-FAM, Family Research Council e Ruth Institute. Todas tem valores em comum: respeito à liberdade de crença, da defesa da vida humana desde a concepção até a morte natural e da preservação da família natural formada por um homem e uma mulher abertos à vida e, por conseguinte, a ter filhos, mas em decorrência da defesa desses valores, estão sendo chamadas de “anti-LGBTQIA+”.
Quem fez a acusação foi a ONG Southern Poverty Law Center (SPLC), também norte-americana, publicando em 1º de fevereiro, um relatório sobre o ano de 2020 com o título “Ano do ódio e do extremismo“, que inclui uma lista, dividida por estados, com os “grupos de ódio” presentes no país. A lista mistura neonazistas e adeptos da Ku Klux Klan até organizações que defendem a vida, a família e a liberdade religiosa.
“A ADF ganhou 11 casos na Suprema Corte dos Estados Unidos desde 2011. Trabalhamos para preservar as liberdades fundamentais de expressão, religião e consciência de todos os norte-americanos”, declarou o conselheiro jurídico Jeremy Tedesco, da Alliance Defending Freedom.
“A SPLC já foi uma organização de direitos civis respeitada, mas destruiu a sua credibilidade por causa da agenda partidária descarada e do seu plano desacreditado de arrecadação de fundos. Tornou-se um grupo que ataca e espalha mentiras sobre organizações e indivíduos que discordem da sua agenda de extrema esquerda”. acrescentou.
Quanto ao Ruth Institute, sua fundadora, Dra. Jennifer Roback Morse, declarou em 2017 ao site norte-americano National Catholic Register que o foco principal da entidade é cuidar de casos de fragmentação familiar e do seu impacto nas crianças. “Se isso nos transforma num ‘grupo de ódio’, então que seja”. Por causa dessa catalogação, o instituto perdeu acesso a fundos que poderiam financiar os seus projetos em favor da unidade familiar.
“No âmbito político, existe uma consciência daquilo em que a SPLC se transformou: uma organização completamente desonrada, que tenta silenciar os seus oponentes políticos com calúnias e acusações difamatórias que põem vidas em perigo. Temos visto corporações e até meios de comunicação demonstrando cada vez mais dúvidas sobre os dados desacreditados da SPLC, como o seu mapa e as suas diversas listas. O FBI eliminou os links da SPLC de sua página de ‘recursos sobre crimes de ódio’ e o Pentágono se distanciou do material de SPLC”, disse William Boykin, vice-presidente executivo do Family Research Council.
“É ela que é motivada pelo preconceito e pela intolerância. Não há nada de odioso em acreditar que as crianças merecem mãe e pai. Mas é completamente odioso perseguir organizações e indivíduos por apoiarem esta ideia. A SPLC deve responder pela retórica provocativa e incendiária que já gerou pelo menos um tiroteio e também pelas vidas e meios de subsistência que ela destruiu com as suas mentiras”, disse Brian Brown, presidente da Organização Internacional para a Família.
Em 2019, o co-fundador da SPLC, Morris Dees, foi obrigado a renunciar ao seu cargo na ONG após ser acusado de racismo e misoginia. Várias vezes, a própria SPLC foi obrigada a se retratar por conta das suas catalogações de “grupos de ódio”. Em 2018, por exemplo, a ONG teve de pagar a Maajid Nawaz mais de 3 milhões de dólares por tê-lo incluído no “Guia de campo para extremistas anti-muçulmanos”, que também incluía Ayaan Hirsi Ali, respeitada defensora dos direitos humanos.
Por: Rhajjah Benites