Prefeitura de Sorocaba denuncia compra de livros infantis com linguagem sexualizada

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O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga, denunciou a compra de aproximadamente 1,5 mil exemplares do livro infantil “No meu corpo mando eu”, direcionado a crianças entre 7 e 10 anos, por parte da gestão anterior, devido o material possuir linguagem extremamente sexualizada, considerada imprópria para a faixa etária ao qual é destinada. 

Segundo o portal Gazeta do Povo, uma publicação no site oficial da prefeitura de Sorocaba informa que, além da linguagem sexual, os exemplares exprimem também imagens com crianças do mesmo sexo em momentos afetivos.

 “São textos que incentivam a prática de relações sexuais, fazem apologia à homossexualidade e nós entendemos que isso não deve ser disseminado aos nossos estudantes. Eu não tenho nada contra a orientação sexual de ninguém, mas não vamos aceitar a distribuição desses livros com conteúdo impróprio para a faixa etária das nossas crianças”, declarou o prefeito.

Segundo a prefeitura de Sorocaba, a Corregedoria-Geral do Município (CGM) entendeu que, na aquisição dos livros paradidáticos, “houve claros indícios de desrespeito ao princípio de eficiência, além de desperdício de recursos públicos e a ausência de um devido planejamento pedagógico”.

Em vídeo, o prefeito Rodrigo Manga, declarou que o livro “No meu corpo mandou eu” não chegaria às salas de aula.

Outro lado

De acordo com a editora Cuore, responsável pela publicação do livro “No meu corpo mando eu”, a obra “aborda fases do desenvolvimento infantil, descreve o corpo humano em forma de versos e ensina à criança a importância do seu corpo e como deve ser cuidado e preservado dos adultos mal-intencionados”. No título existem, de fato, menções à prevenção ao abuso sexual infantil e, ao abordar atos sexuais, são apresentadas ressalvas, como “… quando meu corpo crescer”, “…quanto tiver mais idade”. 

Na descrição desse último, a editora cita que “A obra considera a importância e a representatividade do trabalho autoral do cineasta na contemporaneidade, enfatizando a compreensão e aceitação da diversidade sexual e humana, e o tratamento avesso a qualquer tipo de moralismo dado a seus personagens e tramas. O livro procura demonstrar a coerência da ideia de sexualidade como libertação”.

Por Bruna Silva