Na Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, realizada na última segunda-feira (14), os bispos Kevin C. Rhoades e Joseph F. Naumann comentaram sobre a vacinação contra a Covid-19 e os riscos dos diferentes tipos de vacinas que estão em produção.
Os sacerdotes católicos comentaram sobre a utilização de células de bebês abortados na produção das vacinas da AstraZeneca, e apontaram o caso como um obstáculo moral.
“Embora ter a nós mesmos e nossas famílias imunizados contra COVID-19 com as novas vacinas seja moralmente permissível e possa ser um ato de amor próprio e de caridade para com os outros, não devemos permitir que a natureza gravemente imoral do aborto seja obscurecida” enfatizou o comunicado assinado pelos líderes católicos.
Em análise feita pelo Charlotte Lozier Institute (CLI), apontou que a maioria das principais vacinas em produção não usam linhagens celulares derivadas de aborto para a fabricação, embora tenham sido usadas em testes de laboratório como forma de testar a segurança e eficácia do imunizante.
O conflito está no fato de que, a AstraZeneca usa as linhas celulares derivadas do aborto no desenvolvimento, produção e testes de laboratório, enquanto Pfizer e Moderna, que também chegaram a usar células derivadas do aborto, apenas utilizaram nos testes, mas não no desenvolvimento ou produção das vacinas.
“Em vista da gravidade da pandemia atual e da falta de disponibilidade de vacinas alternativas, as razões para aceitar as novas vacinas COVID-19 da Pfizer e Moderna são suficientemente sérias para justificar seu uso, apesar de [também] terem conexão remota com linhas celulares moralmente comprometidas” disseram Rhoades e Naumann.
Os bispos explicaram que “embora nenhuma das vacinas esteja completamente isenta de qualquer conexão com linhas celulares moralmente comprometidas, neste caso a conexão está muito distante do mal inicial do aborto”.
“Pode acontecer, no entanto, que não se tenha realmente uma escolha de vacina, pelo menos, não sem um longo atraso na imunização, que pode ter consequências graves para a saúde de alguém e de outras pessoas” ponderaram. “Nesse caso […] seria permitido aceitar a vacina AstraZeneca.”
O vice-presidente da CLI, Dr. David Prentice, explicou anteriormente ao portal Daily Caller News Foundation que quando as linhagens celulares derivadas do aborto são usadas na produção de uma vacina, isso significa que as células estão “diretamente envolvidas na produção do produto final, a vacina que é injetada em nossos braços”.
As células obtidas em abortos, nesse caso, formam “um elemento essencial para a vacina final” disse Prentice.
“Embora a conexão seja distante tanto no tempo quanto no espaço, uma vez que o aborto ocorreu há décadas e as células têm crescido em laboratório desde então, essa conexão com o aborto permanece e preocupa” esclareceu. “É importante notar que existem métodos de testes que podem ser feitos com células não derivadas do aborto” encerrou o Dr. David Prentice.
Por: Rhajjah Benites