O ministro da Justiça, André Mendonça, usou as redes sociais nesta semana para comentar o caso envolvendo a cantora e pastora evangélica Ana Paula Valadão, que se tornou alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) por conta de declarações dadas por ela contra o homossexualismo durante um evento cristão em 2016.
Segundo o portal Pleno News, ao falar sobre o tema, o ministro defendeu que pessoas, com “base em suas convicções religiosas”, podem discordar e questionar o “homossexualismo”. Mendonça declarou ainda que o direito à liberdade religiosa é “inalienável”.
“Respeito os homossexuais. Aliás, respeito é um princípio cristão! Contudo, isso não significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o homossexualismo com base em suas convicções religiosas. O próprio STF assim reconheceu. O direito à liberdade de expressão e religiosa são inalienáveis”, diz a publicação.
Em outra postagem, Mendonça afirmou que Ana Paula Valadão está sendo alvo de um “processo de perseguição” e disse esperar que a Justiça brasileira faça o seu papel defendendo o direito à liberdade de expressão.
“Não aceito o processo de perseguição a que está sendo submetida a cantora e evangelista Ana Paula Valadão. Espero que a Justiça garanta os direitos desta cidadã brasileira, assim como tem garantido os direitos à liberdade de expressão de quem pensa em sentido contrário”, completou.
A DECLARAÇÃO
A fala que motivou a investigação contra a pastora aconteceu no Congresso Diante do Trono de 2016, onde a cantora e líder do grupo de mesmo nome, diz, entre outras coisas, que ser gay “não é normal” e que “Deus criou o homem e a mulher”.
“Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos. A Bíblia chama qualquer escolha contrária a que Deus determinou como ideal, como ele nos criou para ser, de pecado”, disse ela.
Por Bruna Silva