Papa Francisco debate união civil entre homossexuais em filme

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O Papa Francisco afirmou, em um filme que entra em cartaz nesta quarta-feira (21), na Itália, que os homossexuais precisam ser protegidos por leis de união civil. 

Essa é uma das afirmações mais claras que Francisco já usou para falar de direitos dos LGBTIs. As informações são do portal G1.

"As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso", diz ele no documentário "Francesco".

Na fala, o líder religioso diz que é preciso criar uma lei de união civil para que todos sejam legalmente contemplados. "Eu defendi isso", ele afirmou.

A fala do papa surge na metade do filme. Ele discorre sobre temas com os quais se importa, como o ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e de renda e pessoas mais afetadas por discriminação. 

União civil, e não casamento

O Papa Francisco já demonstrou ter interesse em dialogar com católicos LGBTIs, mas geralmente suas mensagens são a respeito de acolher esses fiéis.

Ele já deu sinais velados que poderiam ser interpretados como uma opinião favorável à união civil.

País de origem

Quando Cristina Kirchner era a presidente da Argentina, o país legalizou o casamento gay. Na época, ele ainda não era o papa, mas, sim, o cardeal Jorge Mario Bergoglio.

Segundo um texto de 2014 da agência "Religion News Service" (RNS), Bergoglio chegou a dizer que estava aberto a aceitar a união civil como uma alternativa ao casamento entre pessoas do mesmo gênero.

Outro Lado

O Vaticano então clarificou que Francisco falava de forma genérica e que as pessoas não deveriam interpretar as palavras do papa além do que elas dizem, segundo a RNS.

 
Por Bruna Aquino