Foto: divulgação
Um pastor evangélico, de 35 anos,foi assassinado na manhã deste domingo (5), enquanto ministrava um culto na QS 11, no Areal, em Águas Claras. Uma fiel também ficou ferida pelo disparo. A informação foi confirmada ao portal Correio pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O crime ocorreu por volta das 9h30, na Igreja Assembléia de Deus Voz do Calvário, durante a escola bíblica dominical e foi registrado como homicídio e lesão corporal. Enquanto o pastor estava ajoelhado de costas no altar, um homem entrou no templo e disparou diversos tiros contra a vítima.
Uma mulher que participava do culto teve o pé direito atingido, de raspão, pelo projétil. A Polícia Civil foi acionada e realizou a perícia no local. A fiel recebeu memorando de encaminhamento ao Instituto de Medicina Legal. Depoimentos de testemunhas também foram colhidos. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.
Investigação
A motivação do crime ainda não está clara para a polícia, mas, segundo o delegado-chefe da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), Alexandre Gratão, nenhuma linha de investigação será descartada. Segundo o site apurou que, no passado, a vítima teria se envolvido em um homicídio na cidade de Parnaíba (PI). Ele e a mulher, então, se mudaram para Brasília.
Francisco Marques era foragido da Justiça desde 23 de agosto de 2018. Ele é acusado de cometer um homicídio em Paranaíba, Piauí, sua cidade natal. A Polícia Civil do DF não descarta nenhuma linha de investigação.
Homicídio e tentativa de feminicídio
O crime do qual Francisco é acusado ocorreu em 2016. De acordo com a sentença proferida pela juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba Maria Ivani de Vasconcelos, o pastor, em 3 de abril daquele ano, por volta das 20h30, atirou e matou Lucas da Silva Gomes.
Uma mulher identificada como Jeane Silva Marques também ficou ferida à época. Ela precisou passar por diversas cirurgias que acabaram causando incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, além de deformidade permanente.
De acordo com a magistrada, o acusado agiu por motivo fútil, uma vez que matou Lucas Gomes “pelo simples prazer de vê-lo morrer.” Além de tentar matar a mulher, por vingança ao ser desprezado por ela.
Ainda de acordo com o processo, o pastor agiu “mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa do ofendido, haja vista após saber onde as vítimas se encontravam, os aguardou, em emboscada e, de arma em punho, deferiu-lhes vários tiros”.
Jeane Silva Marques era casada com Francisco, mas no tempo dos fatos já estava separada havia mais de dois anos e não mantinha contato com o pastor. Não aceitando a separação, o homem começou a ameaçar a ex. Dizia que não aceitava vê-la com outra pessoa.
Emboscada
No dia do crime, após procurar informação sobre o casal, sabendo onde costumavam se encontrar, o denunciado chegou ao local em uma motocicleta, acompanhado de uma pessoa não identificada, e esperou as vítimas em emboscada.
Jeane Silva viu o ex e foi até Lucas Gomes. Ela subiu na moto em que o namorado estava, mas Francisco se aproximou e começou a atirar contra o casal.
Da Redação
Atualizado em 05.10 às 16:19