O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, foi punido com censura pelo Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) por ter participado de um culto e de uma inauguração de uma obra ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos).
Evangélico, Bretas é responsável por julgar os processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, além de ser um dos cotados para uma possível indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz participou dos eventos como convidado, mas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com uma representação contra ele, alegando que estava atuando de forma político-partidária.
A OAB é presidida atualmente por Felipe Santa Cruz, que foi delatado recentemente por suposto recebimento de propina e será investigado pelo caso. Ele também já tentou se eleger para vereador do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Foi o próprio Santa Cruz quem assinou a representação contra Marcelo Bretas, alegando que houve uma “afronta à vedação constitucional, como acompanhou a comitiva presidencial desde a chegada na cidade do Rio de Janeiro, publicando, ainda, postagens com manifestação e apreço nas redes sociais”.
O juiz federal é responsável por ter mandado prender o ex-presidente Michel Temer, além de ter julgado e condenado o ex-governador Sérgio Cabral, cujas penas somam mais de 280 anos de prisão. A censura aplicada contra ele o impede de ser promovido no próximo ano.
Fonte: O Verbo
Da Redação