A perseguição cristã e a onda de terrorismo contra cristãos têm deixado um rastro de sangue e violência na África ocidental e central nas últimas semanas, ceifando mais de 200 vidas em pelo menos três países africanos.
Os grupos que tem intensificado esses atos terroristas são os radicais islâmicos de diferentes grupos, incluindo os militantes Boko Haram e Fulani.
Só na Nigéria no mês passado, pelo menos 121 pessoas foram mortas e milhares foram forçadas a deixar suas casas em Kaduna do Sul, após ataques de membros da tribo Fulani muçulmanos, de acordo com o Fundo Barnabus.
Os terroristas atacaram a comunidade agrícola Chibob no bairro de Gora, matando 22 pessoas em 10 de julho. Eles fizeram outro ataque alguns dias depois, matando 38 pessoas na cidade de Kagoro e deixando mais 32 mortos em Kukum Daji e Gora Gan em ataques separados.
Em 22 de julho, os extremistas Fulani, armados com facas e facões, atacaram casas na vila de Kizachi, assassinando brutalmente uma criança de 9 anos, três adolescentes e um adulto, todas as vítimas eram cristãs.
Os ataques continuaram na noite seguinte na vila Doka Avong durante uma tempestade. Pelo menos sete cristãos foram mortos e dezenas de cristãos foram expulsos da vila e tiveram suas casas incendiadas pelos militantes.
O Fundo Barnabus relata que os cristãos que vivem no estado de Kaduna pediram orações pela paz depois que os militantes islâmicos continuam seus ataques terroristas. Uma testemunha dos ataques frequentes os descreveu como "endêmicos", ou seja, sempre nas mesmas regiões.
Igreja e líderes cristãos atacados no Sudão do Sul
Enquanto isso, no Sudão do Sul, seis crianças foram feitas reféns e 23 pessoas foram mortas quando um grupo de homens armados não identificados atacaram uma igreja anglicana no estado de Jonglei em 27 de julho. Pelo menos 20 outras pessoas ficaram feridas.
“Depois de matar pessoas na igreja, os homens armados foram para a aldeia e mataram pessoas lá”, disse o bispo Moses Anur Ayom. "Os homens armados incendiaram toda a aldeia em Makol Chuei."
Homens armados também fizeram outro ataque à aldeia Jalle, matando Jacob Amanjok, um arquidiácono anglicano, e três pastores.
"Não há necessidade de matar os pastores", disse Ayom. “Não estou feliz com a questão de matar e destruir igrejas. Gostaria de apelar à comunidade internacional para intervir. Como líder da igreja, eu perdoo os homens armados. A Bíblia diz que temos que perdoar aqueles que nos fazem mal", desabafa o bispo.
Cristãos adormecidos massacrados nos Camarões
E em Camarões, o Boko Haram atacou um campo de sem-tetos na noite de 2 de agosto, matando pelo menos 18 cristãos enquanto dormiam. Durante o ataque de uma hora, os jihadistas feriram várias outras pessoas e também saquearam casas. Uma testemunha disse que quando a polícia local chegou ao local, o grupo de militantes escapou da captura e cruzou a fronteira com a Nigéria.
Ainda de acordo com o Fundo Barnabus, nos últimos seis anos, a violência do Boko Haram se intensificou no Extremo Norte dos Camarões, que faz fronteira com as bases do grupo terrorista islâmico ao redor do Lago Chade e no nordeste da Nigéria.
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Da Redação
Por: Alzira Gavilan