Cansaço intenso, fadiga, tédio é um dos sintomas mais comuns em quem está com stress excessivo, que pode se agravar ainda mais em tempos de pandemia.
O psiquiatra e escritor Augusto Cury fala sobre consequências do isolamento social para a saúde mental alerta sobre o risco de agravamento de transtornos causados pelo stress. As informações são do portal Gospel.
Um dos livros do médico, Ansiedade – Como enfrentar o mal do século, voltou a ocupar a lista dos mais vendidos desde o confinamento adotado por conta da pandemia. Augusto Cury tem ao todo 55 títulos publicados em 70 países.
Na entrevista concedida à imprensa, Cury aborda questões como o tédio – uma queixa recorrente por parte de quem se confinou desde que grande parte das atividades econômicas foram suspensas – e a ansiedade.
“Estamos na era dos mendigos emocionais, com crianças e adultos que precisam de muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. E isso se exacerbou na quarentena. As pessoas não estão preparadas para lidar com o ensimesmamento. O que ocorre não é apenas a mudança de um estilo de vida. A síndrome de intoxicação digital faz com que as pessoas sintam um vazio existencial se não estiverem conectadas. É uma atitude autodestrutiva, pois o mundo real pulsa fora dos aparelhos digitais”, contextualizou.
O psiquiatra aponta técnicas para melhorar a qualidade de vida e ter saúde mental durante à pandemia:
1) não ser apontador de falhas, pois quem faz isso está apto a consertar máquinas, mas não a construir belas histórias de amor;
2) aprender a aplaudir os acertos, todos os dias, de quem amamos;
3) quando for falar de um erro ou falha alheia, exaltar, antes, um acerto dessa pessoa; 4) baixar o tom de voz quando alguém elevá-la, tendo em meta conquistar o coração e não a necessidade neurótica de ganhar a discussão;
5) aprender a se colocar no lugar dos outros para enxergar o que as palavras não disseram, pois por trás de uma pessoa que erra ou fere há uma pessoa ferida;
6) não se tornar uma pessoa repetitiva, para não virar alguém insuportável;
7) não sofrer por antecipação, para não realizar velórios antes do tempo.