Um dos textos mais fortes e que sempre fala ao meu coração está no livro de Romanos, no capítulo 8, versos 15 e 16.
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”
Este é um tempo onde a nação Brasileira voltará a experimentar do amor de um Deus, que é Aba, que é Pai.
Só os filhos podem experimentar de uma verdadeira liberdade e serem livres de qualquer vestígio de aprisionamento físico e emocional.
Existe um Deus que, apesar de Senhor, é Pai. Quantos de nós não conseguimos experimentar e provar deste amor Paternal?
Recordo-me de uma manhã de sábado. Estava em uma escola profética e naquele dia ministraria uma aula sobre intercessão.
Acordei por volta das 4:45 da manhã e o Espírito Santo me impulsionava a interceder pela aula que seria ministrada. Levantei, corri para o prédio e ali comecei a sentir um forte cheiro de suco de uva.
A presença do Aba era praticamente palpável. Enquanto me deliciava naquele ambiente, uma palavra vinha de encontro ao meu coração: “Eu asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. ” (Mt 18:3)
Papai falava sobre o quanto que Ele desejava restaurar a inocência e pureza dos alunos que ali se encontravam. Não sabia ao certo o que aconteceria, mas precisei mudar toda a ministração.
Assim que o mercado abriu, fui às pressas comprar pão e suco de uva. Segundo a ordem que me foi dada, ceiaríamos naquela manhã.
A expectativa pelo o que viveríamos era alta. Dentro de mim, uma certeza de que algo inusitado estava para acontecer.
Uma das coisas que mais cultivei foi desenvolver um relacionamento palpável com o Aba. Não apenas isto, mas também comecei a ser despertado por Cristo a fazer com que sua Noiva se achegasse a Ele de uma forma íntima.
Após compartilhar do texto e falar da restauração da pureza e inocência, fizemos a ceia e… nada!
Estava no chão ajoelhado e um silêncio pairava sobre o lugar. No meu íntimo me perguntava o porquê do silêncio.
Deus apenas me falou da importância da reverência e de não ter pressa, pois Ele estava a ministrar sobre o coração de cada um. Aquietei e confiei.
Se passaram uns quarenta minutos até que algumas gargalhadas começaram a surgir. Risos ecoavam rompendo com todo o silêncio. Inusitadamente, todos começaram a rir quase que instantemente.
Aquele ambiente foi tomando forma. Sem nos comunicarmos, cada um foi tendo a sua própria experiência com Deus.
Deus parecia estar nos levando de forma literal ao jardim da infância novamente…
Todos começaram a ter experiências com o Pai e com Jesus. Alguns se viam brincando de carrinho, outros jogaram bola. Uma das meninas via Jesus pondo nela um vestido de princesa e, ali, uma cura acontecia de dentro para fora. Seu pai tinha sido vítima de abuso sexual quando pequeno. Com receios de que suas filhas vivessem o mesmo, foi absurdamente duro com elas e as privara de muitas atividades totalmente comuns para crianças. A dor do abuso, deixou uma marca não apenas nele, mas em suas filhas também.
Nem preciso dizer o quanto a autoestima dela era abalada. Somente Jesus era a pessoa que poderia acessar as maiores dores, e assim fez, pois nela um lindo vestido e a chamou por repetidas vezes de “minha princesinha”!
Palavras que arrancavam dela lágrimas e risos. As palavras de Jesus penetravam a alma ferida e traziam uma preciosa cura.
A maioria dos cristãos não pensa ser possível provarem deste relacionamento tão vivo com Ele. Vivemos fixados nas inúmeras dores provocadas por aqueles que deveriam ser um instrumento de cura.
Geralmente, reproduzimos com Deus o que vivemos com nossos pais. O colocamos num lugar bem distanciado. Mas Ele se faz próximo!
O cenário diante dos meus olhos era de adultos voltando a experimentar a leveza que é ser menino. Deus de alguma forma estava trazendo a literalidade do texto e nos fazendo voltar a ter o coração como de uma criança.
Olhava maravilhado, pois o próprio Deus os estava tocando. Não eram as minhas palavras, mas eram as dEle.
Alguns corriam pelo gramado, outros rolavam pelo chão gargalhando. A liberdade era visível e real, até que curiosamente ouvi:
“Filho, Eu quero brincar na água com eles. Pegue a mangueira! ”
Aos risos, corri para pegar a mangueira e quando as águas começaram a tocar os corpos foi uma verdadeira explosão de alegria e satisfação.
Deus nos levou a experimentar do quão alto, profundo, largo e extenso é o seu amor. Experimentamos uma verdadeira imersão da sua Paternidade, cura e aceitação.
Filhos, este é o tempo de entrarmos nas recamaras do palácio sem medo algum. O Rei que está assentado no Trono é o seu Pai. Seu Aba Pai. Podemos ir até Ele sem medo algum!
A minha oração para você que terminou a leitura deste texto é para que venha a desfrutar e provar do que nunca antes conseguiu. Oro para que este amor tão colossal penetre cada parte do seu ser e que uma poderosa cura brote do seu interior! Amém!
(Continua…)
Por: Crístian Reixach
Crístian Reixach Moraes de Carvalho é carioca, nasceu dia 15 de maio de 1989. Apesar de ter crescido em berço cristão, abandonou a fé por volta dos 10 anos de idade. Sua conversão foi aos 15 anos e desde então tem um relacionamento sólido e íntimo com o Aba Pai. No ano de 2007 participou de um seminário de intercessão no Estado do Rio de Janeiro, promovido pela Igreja Batista da Lagoinha na liderança da Pra. Ezenete Rodrigues. Neste seminário descobriu o seu chamado como intercessor e dois anos depois recebeu a missão de fundar o ministério de intercessão na Igreja da Graça. Em 2010 deu início ao curso de Psicologia, logo após aceitou o desafio de servir a Deus como missionário voluntário em tempo integral no estado de Belo Horizonte. Logo em seguida, durante uma Conferência Profética, foi reconhecido pela sua liderança no ministério profético. Atualmente segue como profeta e missionário. Crê que a sua principal missão é equipar a noiva de Cristo no Brasil e no mundo tornando a Palavra de Efésios 4 uma realidade na igreja. Está concluindo o curso de Psicologia no segundo semestre de 2020.
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