Ministro Mandetta pede para população orar e disse que a fé melhora a alma.

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Foto: reprodução

Após o discurso polêmico do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista remota falou sobre os últimos números do novo coronavírus (COVID-19) no Brasil e falou sobre a quarentena, tema este que foi tratado por Bolsonaro de forma que causou reprovação em muitas pessoas.

Mandetta disse que a quarentena foi pensada de forma “precipitada e desarrumada” e defendeu um melhor diálogo entre o Ministério da Saúde e governadores. 

“A saúde não é uma ilha, não vamos tratar isoladamente, não existe só coronavírus. Eu tenho recebido médico que está fechando consultório de pediatria, clínicas de ultrassonografia. A vida continua. Outras doenças acontecem, as pessoas têm necessidades”, afirmou o ministro.

Mandetta defendeu outros meios para se organizar uma quarentena, baseando-se, por exemplo, nos números de casos de cada estado. “Tem várias maneiras de fazer quarentena, a horizontal, a vertical, isso tudo tem um bando de gente estudando. Não vamos fazer nada que a gente não tenha confiança. Antes de adotar o fecha tudo, existe a possibilidade de trabalhar por bairro, existe a possibilidade de fazer redução em determinados aparelhos”, disse.

O ministro também defendeu a reabertura das igrejas, pedindo apenas que os fiéis não se aglomerem. “Oração é bom. Me perguntaram outro dia se as igrejas devem estar abertas ou fechadas. Que fiquem abertas, só não se aglomerem. Mas rezem, orem”, pediu. 

“Fé é um elemento de melhora da alma, do espírito. Pastores, padres, preguem pela televisão, preguem pela internet, as pessoas precisam. Façam suporte telefônico”, acrescentou.

Mandetta disse também que fica no cargo e só sai quando o presidente achar que ele não serve ou se ficar doente.

“Eu vou deixar muito claro: eu saio daqui na hora que acharem que eu não devo trabalhar, que o presidente achar, porque foi ele que me nomeou. Ou se eu tiver doente, o que é possível, eu ter uma doença, ou no momento que eu achar que esse período todo de turbulência já tenha passado e que eu possa não ser mais útil. Nesse momento de crise agora, eu vou trabalhar ao máximo. Equipe está todinha focada. Nós vamos trabalhar com critério técnico”, disse o ministro. Com informações Estado de Minas