Na terça-feira militantes islâmicos invadiram uma aldeia e matarem mais de 30 pessoas, incluindo um pastor anglicano, em ataques noturnos a vilarejos no leste da República Democrática do Congo.
O governador do Beni, Donat Kibwana, disse que os terroristas mataram todas as vítimas com facões. No total, 36 indivíduos foram mortos, incluindo um pastor anglicano.
O ataque principal ocorreu em Manzingi, uma vila a noroeste de Oicha, enquanto o pastor foi morto na vila de Eringeti.
"A vítima teve a infelicidade de passar a pé no caminho do campo com sua esposa", disse Omar Kavota, do grupo de direitos humanos CEPADHO, em comunicado, segundo a Reuters.
Lançado em meados da década de 1990 pelos rebeldes muçulmanos ugandenses expulsos de Uganda, o ADF (Forças Democráticas Aliadas) se tornou o grupo rebelde mais ativo e violento da RDC em conflito nos últimos dois anos. Liderado por Musa Baluku, o grupo é conhecido por cometer crimes como assassinato, estupro e seqüestro de mulheres e crianças, além de escravidão e doutrinação.
A região de Beni tem sofrido uma onda de violência desde 30 de outubro, quando as tropas congolesas lançaram uma ofensiva contra os rebeldes. No total, 265 pessoas foram mortas pelos terroristas desde novembro, segundo o Kivu Security Tracker, uma iniciativa de pesquisa que mapeia a agitação no leste do Congo.
O pastor Gilbert Kambale, presidente da organização da sociedade civil da cidade de Beni, instou a comunidade internacional a orar a Deus pela libertação de Beni e da RDC.
"Mesmo que a noite seja longa, o dia certamente amanhecerá", disse Gilbert à Portas Abertas.
Em dezembro, o governo Trump impôs sanções ao líder do ADF e a outros cinco por perpetrarem graves violações dos direitos humanos, incluindo estupro em massa, tortura e assassinatos, informou a Reuters.