Pelo menos 20 pessoas foram mortas e outras 16 ficaram feridas quando um tumulto foi criado para pegar um “óleo sagrado”. A confusão aconteceu durante um culto pentecostal ao ar livre no norte da Tanzânia no fim de semana. O pastor que pregava foi preso, segundo as autoridades.
Dizem que milhares de fiéis se reuniram para um culto no último sábado em um estádio esportivo na cidade de Moshi, no norte, que fica perto do Monte Kilimanjaro. O culto foi liderado pelo popular pastor Boniface Mwamposa, que lidera o Ministério de Levantar e Brilhar da Tanzânia.
Segundo a Reuters, Mwamposa atrai multidões para seus eventos, pois o pastor promete prosperidade e cura doenças para aqueles que adotam o que ele chama de "óleo abençoado".
"O tumulto ocorreu quando os fiéis corriam para ser ungidos com óleo abençoado", disse o comissário distrital de Moshi, Kippi Warioba.
Um porta-voz do governo disse à Associated Press que as pessoas estavam sendo conduzidos por uma saída para que pudessem andar sobre o "óleo ungido".
O ministro George Simbachawene, disse à AP que os fiéis foram instruídos a correr para um lado do estádio ao mesmo tempo para serem ungidos.
Uma testemunha presente no evento, Peter Kilewo, descreveu a cena enquanto conversava com repórteres. Segundo a AP, Kilewo disse que as pessoas foram “pisoteadas sem piedade” e “estavam empurrando umas às outras com cotovelos”. Warioba disse que o número de mortos poderia crescer.
"O incidente ocorreu à noite e havia muitas pessoas, então existe a possibilidade de que mais vítimas possam surgir", disse Warioba. "Ainda estamos avaliando a situação."
Mwamposa tentou fugir após o incidente, mas foi preso no domingo na capital comercial da Tanzânia. Ainda não está claro de imediato quais acusações Mwamposa está enfrentando.
Simbachawene acusou os organizadores do evento de não tomarem as devidas precauções, além de violarem os termos da licença para a reunião ao ar livre. Simbachawene disse que o culto ocorreu duas horas depois do permitido.
Simbachawene também enfatizou que o governo procurará reforçar os requisitos necessários para se registrar como igreja.
O comandante da polícia regional de Kilimanjaro, Salum Hamduni, disse que sete pessoas foram presas por causa do tumulto. Segundo Hamdani, um pastor da Igreja Assembleia de Deus do Calvário estava entre os que foram presos por causa da debandada.
O inspetor-geral da polícia, Simon Sirro, disse que foi iniciada uma investigação sobre as mortes em Moshi.
"Algumas igrejas estão nos perturbando e veremos o que fazer", disse Sirro.