Pesquisa aponta: “Cara típica” do evangélico brasileiro são mulheres e negras

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Segundo pesquisa feita pelo DataFolha, publicada no dia de hoje(13), relata que a maioria dos evangélicos brasileiros são mulheres e negros.

Segundo pesquisa as mulheres correspondem a 58% e os que se declaram negros e partos são de 59% no primeiro grupo e 55% no segundo. 

Entre as congregações neopentecostais, como Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer em Cristo, a participação feminina chega a 69%.

A ala feminina nos templos evangélicos fica ainda mais evidente se comparada com o catolicismo.

Entre adeptos dessa fé, mulheres são 51%, e homens 49%. Compatível, portanto, com a representação dos dois gêneros na sociedade. 

A porção de jovens crentes, como o grupo se autodenomina é de 19% e se iguala com a média nacional que é de 18%.

As pessoas mais idosas são na sua maioria católicas: 25% com 60 anos ou mais segue a linha do Vaticano, e 16%, a evangélica. 

Mesmo formando a maioria dos evangélicos, "boa parte das mulheres e dos negros mantém opiniões divergentes das que predominam nas igrejas", aponta Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. "São os segmentos mais críticos ao governo. Para muitos evangélicos, especialmente os mais pobres, a realidade violenta e carente das periferias se sobrepõe às possíveis orientações políticas dos cultos."

A pesquisa foi realizada nos dias 5 e 6 de dezembro do ano passado, e ouviu 2.948 em 176 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.