Uma pesquisa da Ipsos mostra que 85% dos brasileiros “concordam fortemente” ou “concordam em algum grau” com a afirmação de que o mundo se tornou mais perigoso no último ano. É um aumento de 11% em relação aos que concordaram com a mesma afirmação em 2018.
Em relação aos dados de todos os 28 países pesquisados, 80% da população afirmam que o mundo se tornou mais perigoso no último ano.
Os brasileiros aparecem em 8º entre os que mais perceberam um aumento nos riscos no último ano. Encabeçam a lista Peru (93%), Colômbia (91%), México (89%) e Chile (88%).
Eis a íntegra da pesquisa.
O diretor de negócios da Ipsos, Rafael Lindemeyer, diz que há elementos que favorecem a percepção de piora em relação a 1 mundo mais perigoso. “Tensões ao redor do globo, polarização, acesso mais fácil e a todo momento à informação são algumas das variáveis que ajudam a compreender por que as pessoas têm a percepção de 1 mundo mais perigoso”, afirma.
MAIORES MEDOS
O levantamento também questionou quais eram as maiores ameaças para os entrevistados. Lidera a lista o receio de ser hackeado (75%), seguido por ataque químico ou nuclear (68%), desastres naturais (66%) e terrorismo (65%).
No Brasil, o mesmo medo encabeça o ranking: ser hackeado (75%). Logo depois, vem o receio de violação da segurança pessoal (69%) e desastres naturais (68%).
APOIO GOVERNAMENTAL
Para 56% dos entrevistados, o poder público conseguiria garantir proteção e segurança em casos de desastres naturais. Em seguida, aparecem a opinião de que conseguiria proteger de epidemias de saúde (52%) e ataques terroristas (50%).
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Menos da metade (46%) dos entrevistados dizem acreditar que os países estão atuando de forma efetiva para lutar contra a mudança global do clima. Os chineses são os que mais acreditam na atuação do poder público no tema –são 84%. Já a França é o país que tem menos confiança (21%). O Brasil aparece em 9º, com 55%.
*Poder360