Homens armados assaltam igreja durante culto e matam 14 pessoas, incluindo pastor e crianças

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Igreja em Burkina Faso. O massacre de domingo segue uma série de ataques de insurgentes islâmicos radicais contra cristãos no país da África Ocidental. O país de 19 milhões é de cerca de dois terços dos muçulmanos, com uma minoria cristã. | (Foto: Khym54 via Flickr)

Extremistas muçulmanos atacaram uma igreja no leste de Burkina Faso na manhã deste domingo (01), matando pelo menos 14 pessoas e ferindo várias outras, informou o governo.

O ataque ocorreu na vila de Hantoukoura, perto da fronteira com o Níger na região leste, de acordo com um relatório da agência de notícias AFP. Depois de atirar na congregação durante o culto de domingo, os agressores fugiram em motos. 

Uma fonte de segurança disse à imprensa que homens armados realizaram o ataque, executando fiéis, o pastor e inclusive crianças. 

No domingo, o presidente Roch Marc Christian Kabore anunciou a notícia nas redes sociais e condenou o "ataque bárbaro" na cidade de Hantoukoura. Ele disse que várias pessoas também ficaram feridas.

Kabore ofereceu suas “mais profundas condolências às famílias enlutadas e deseja uma rápida recuperação dos feridos”.

As forças armadas de Burkina Faso estavam cuidando dos feridos e monitorando a área, informou o governo em comunicado.

Embora nenhum grupo tenha assumido a responsabilidade pelo ataque, combatentes ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda realizam ataques a delegacias de polícia, postos militares e alvos civis em Burkina Faso desde 2015.

O massacre de domingo segue uma série de ataques de insurgentes islâmicos radicais contra cristãos no país da África Ocidental. O país de 19 milhões é de cerca de dois terços dos muçulmanos, com uma minoria cristã.

Os moradores receberam ordens para deixar suas casas dentro de três dias ou se converter ao Islã. Como resultado, mais de 2.000 pessoas fugiram.