Serviços de compartilhamento de bicicletas e patinetes chegaram recentemente ao Brasil e estão se tornando cada vez mais populares. Em cidades onde os carros e motos predominam, existem poucas opções alternativas de transporte a um preço acessível.
Pensando nisso, a prefeitura de Campo Grande tem desejado trazer essa novidade para a capital morena, trazendo assim, mais qualidade de vida a população. Porém está faltando empresas que se interessem em oferecer esse tipo de serviço, como ocorre em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.
Para colocar em prática ideias já previstas no Plano Diretor de Transporte e Mobilidade, o executivo municipal depende também que haja interesse de investidores em instalar as plataformas. “Existe uma tendência mundial para se usar estações de bicicletas onde o cidadão desce do ônibus e aluga uma bicicleta para chegar ao seu destino final, e isso já está previsto no Plano Diretor, porém, falta uma empresa ter interesse em instalar esse tipo de serviço aqui na Capital”, explica a diretora-presidente da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Berenice Maria Jacob Domingues.
A intenção principal é fornecer novas opções, “seja por meio de estações de bicicletas ou de qualquer outro modal que não temos, como o patinete, VLT ou BRT”, exemplifica, citanto o VLT carioca, Veículo Leve sobre Trilhos, um trem que percorre o centro do Rio de Janeiro desde as Olimpíadas e o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), concluiu Berenice.
Segundo o site Campo Grande News, a ideia também é defendida pelo secretário de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Luiz Eduardo Costa, que chegou a participar de um “teste drive” em Florianópolis (SC), na semana passada. Na ocasião, o veículo utilizado foi o patinete. O teste aconteceu durante um encontro nacional de secretários e, apesar de ter se acidentado durante o passeio, Costa acredita que essa seria uma boa ideia para Campo Grande.
“É um projeto interessante para ser implantado sem nenhum tipo de problema. Mas é preciso fazer um estudo e levantar pontos que possam servir de espaço para a instalação. Talvez nas proximidades dos terminais”, sugere. Outro ponto indicado pelo secretário é o Centro da cidade, que tem passado por revitalizações.
Regras – Se colocado em prática, o serviço deve funcionar como em Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro. Por meio de um aplicativo, com cartão de crédito cadastrado, o usuário localiza os equipamentos mais próximos e libera o uso.
Ao final da corrida, o meio de transporte pode ser deixado em qualquer outro terminal de coleta. Na maioria das vezes. No caso do patinete, em Santa Catarina, o usuário paga R$ 3 para liberar o equipamento e cada minuto de utilização custa R$ 0,50.
Tanto os patinetes, quanto as bikes, só podem ser conduzidas por maiores de 18 anos e dependem de ciclovias e, no caso dos patinetes elétricos, de calçadas em boas condições, o que em Campo Grande é algo que costuma gerar reclamações.
O secretário Luiz Eduardo acredita ainda que a população também terá de se adaptar as novidades. “É uma mudança de comportamento, depende das condições e do modo de vida das pessoas. Com uma bicicleta compartilhada fica mais fácil, usa em certos pontos e quando tem que ir para casa vai de ônibus. Agora, claro que tem todo um conjunto de regras e uma análise que precisa ser feita”, conclui.