O presidente Jair Bolsonaro nomeou Abraham Weintraub como ministro da Educação, oficializando a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez nesta segunda-feira (08).
Vélez Rodríguez tomou posse no cargo em 1º de janeiro e enfrentava uma “guerra interna” no MEC, provocada por desentendimentos entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho.
Para indicarem um novo substituto, conselheiros do presidente buscaram alguém com “mais capacidade de gestão”, segundo o Estadão.
Antes de sua indicação para o MEC, feita pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Weintraub já trabalhava no governo Bolsonaro como secretário-executivo da Casa Civil, segundo cargo mais importante da pasta.
Abraham Weintraub é formado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1994) e mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e atuou no mercado financeiro por mais de 20 anos. Na iniciativa privada, trabalhou no Banco Votorantim por 18 anos, onde foi economista-chefe e diretor, e foi sócio na Quest Investimentos.
Em 2018, questionado sobre a decisão de apoiar Bolsonaro, Weintraub falou sobre patriotismo. “Diante de ameaças é necessário lutar pelo país em que se vive. Os venezuelanos descobriram isso muito tarde. Perderam o controle de sua Pátria e hoje são colônia dos ditadores que controlam Cuba. São escravos”, disse ele ao Estadão.
Ele ainda se afastou de rótulos políticos e destacou a Bíblia como sua referência. “Esquerda ou direita, acho que é uma rotulação pobre. Somos humanistas, democratas, liberais, lemos a Bíblia (Velho e Novo Testamento) e a temos como referência”, acrescentou.