Karol Araújo inova música gospel com voz marcante ao ritmo do maracatu

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Karol Araújo vem com uma proposta diferenciada no mercado fonográfico gospel (Foto: divulgação).

 

Karoliny Araújo da Silva, ou, simplesmente Karol, está de volta a Campo Grande para um novo tempo em sua vida e em sua carreira. A cantora conta que conheceu o Mato Grosso  do Sul em 2014, quando veio ministrar aulas no Rhema em Ponta Porã, porque, além de cantar, ela é apresentadora, escritora, ministra da Palavra ordenada pelo Ministério Verbo da Vida e professora do Rhema- Centro de Treinamento Bíblico, com sede internacional em Tulsa, OK- EUA. Em 2017 voltou novamente para dar aulas no Rhema na cidade de Três Lagoas e agora retorna para passar uma temporada longa em Campo Grande e também para divulgar o seu novo EP nas cidades do interior do estado e nas cidades da fronteira com o Paraguai, pois tem músicas gravadas em espanhol também.

A cantora pernambucana leva em suas músicas o batuque das alfaias, o ritmo do maracatu, mistura ainda acordes de guitarra e de música eletrônica. Karol Araújo inovou a música gospel quando decidiu levantar a bandeira dos sons pernambucanos. Com uma voz marcante e inconfundível e uma batida diferente é difícil ficar parado.

Foto: divulgação

Karol Araújo reservou um pouco do seu tempo para contar com excluvidade ao TG um pouco da sua vida, seus projetos, sua carreira.

TG: Quem é Karol Araújo? Nos conte sobre sua vida, sua família, planos

KA: Assim como diz uma das músicas que eu interpreto, Eu sou quem Deus diz que eu sou. Sou alguém que tenho aprendido a amar a Deus acima de tudo desde os meus 6 anos de idade quando me converti. Meus pais me ensinaram no caminho da verdade e desde então nunca me desviei! Eu aprendi desde cedo que vale a pena confiar totalmente em Deus porque Ele é um bom Pai e sempre vai nos apresentar o melhor caminho. Meus pais são os maiores referenciais da minha vida, e assim como qualquer ser humano, não são perfeitos, mas o coração deles está em servir a Deus por amor e essa tem sido a maior herança que eles têm para mim e meu irmão. Tenho um irmão mais novo que também é pastor, ele já é casado. Ele e minha cunhada também se constituem como exemplos a serem seguidos por mim. Somos uma família no Ministério, e, estar no Ministério desde a adolescência me trouxe um amadurecimento muito rápido. Aos 12 anos, Deus já deixou claro para mim que o desejo Dele é me usar através da música. Desde então, venho perseguindo essa visão, me apossando de cada detalhe do plano Dele, pois não existe Karol Araújo longe dos propósitos divinos.

TG –  Como a música foi inserida na sua vida

KA – A Música entrou em minha vida muito antes de que eu pudesse discerni-la. No meu primeiro aniversário, ganhei um piano para crianças e aquilo só significava barulho. Mais tarde, ganhei o meu primeiro gradiente e cantar se tornou a minha brincadeira favorita. Quando cresci, me tornei uma adolescente tímida e isso complicou o meu envolvimento com a música uma vez que essa é uma arte que tende a exposição. Deus trabalhou em mim de muitas formas e trouxe muitas palavras ao meu coração sobre o uso dessa ferramenta para libertar pessoas e comunicar o amor Dele àqueles que necessitam. Rompi algumas barreiras dentro de mim e me encontrei novamente cantando e compondo verdades que iluminavam não apenas o meu caminho, mas a jornada daqueles que ouviam as minhas canções.

TG – No ano passado você foi contratada pela Sony Music, como foi esse caminho?

KA – Em 2017, eu completei 10 anos de carreira e fui congratulada com esse presente! A gravadora tem um papel importante na divulgação do artista e distribuição do produto. Desde 2014 que havíamos iniciado um contato com a Sony Music na intenção de integramos o Casting com a banda Celebrando a Verdade da qual eu era vocalista principal e já havia gravado com eles 4 cds. Foi batendo nessa porta que ela se abriu! Eu destaco a contribuição da Editora das minhas Músicas, a Kava Music, que assumiu um papel fundamental nessa Integração e através deles, a Sony me propôs uma carreira solo com novos lançamentos.

Foto: divulgação

TG – Nos fale sobre o seu EP, “Um Novo Tempo”

KA – O EP Um Novo Tempo foi lançado ano passado com uma releitura de 4 músicas que eu já havia gravado no meu último CD com o Celebrando a Verdade. Essa é uma mensagem profética que tem acompanhado a minha vida desde 2012. O nosso Deus faz coisas novas todos os dias! Em algumas Igrejas que tenho tido a oportunidade de ministrar a palavra além de cantar, sempre tenho tocado neste ponto. Isaías 43:18 foi o pivô da canção tema deste EP e essa tem sido uma mensagem libertadora nesses dias. Meses depois, lançamos um outro EP com mais 4 músicas, intitulado, Hoje eu sei quem sou. Em um mundo onde as pessoas estão confusas sobre suas identidades, meu segundo EP dá continuidade a proposta do Novo Tempo trazendo luz sobre quem nós somos em Cristo. Neste ano, teremos mais 1 lançamento, a novidade é que dentre as 4 músicas novas, teremos uma versão em espanhol. Boa parte dessas músicas já estão disponíveis em todas as PLATAFORMAS DIGITAISGoogle Play, Apple Music, Deezer, Spotify. Também lançamos no ano passado, um web-clipe na Plataforma VEVO da canção NINGUEM VAI ME DETER. Lançaremos mais 3 web-clipes ainda este ano.

Assista ao vídeo da canção:

Canção "Ninguém vai me deter", sucesso do seu EP

TG – Como surgiu a idéia do maracatu nas suas músicas

KA – Eu sou recifense e minha base é em Olinda. Ambas cidades estão situadas em Pernambuco que foi palco de muitas revoluções, inclusive na música. Muitos ritmos se originaram lá por causa da fusão com a cultura Afro. Para nós, é algo bem natural ter esses ritmos em nosso dia-a-dia. Porém, no contexto eclesiástico, sempre houve uma certa rejeição pela associação desses ritmos a religiões pagãs. Vale salientar que essa conclusão deriva da falta de conhecimento tanto bíblico quanto cultural. A palavra diz em Ezequiel que quando Lúcifer andava, sons de tambores e pífanos saiam de dentro dele, isso nos testifica de que ritmos que tem suas marcações definidas por tais instrumentos nasceram nos céus. Não apenas esses, mas todos os outros, pois, a Música foi criada por Deus. Contudo, quando Lúcifer se tornou o Diabo, ele decidiu se apossar de algo que não era dele para influenciar pessoas a segui-lo.

A proposta de unir tais ritmos à nossa fé visa tão somente resgatar o que pertence ao Reino dos Céus e, através da nossa Cultura, massificar a identidade cristã debaixo de uma inspiração divina, uma vez que a música é uma das mais eficientes ferramentas evangelizadoras que eu conheço. A proposta de inserir esses ritmos também visa fortalecer a nossa originalidade. O Brasil é um país de dimensões continentais, cada lugar tem o seu sotaque, a sua cultura e às vezes, percebemos apenas uma reprodução em larga escala do que é produzido fora das fronteiras brasileiras como se não existisse algo aqui digno de ser absorvido e propagado. Nossa cultura é tão admirada pelos europeus que exportamos para lá o que temos de melhor no contexto cultural, por que não massificar isso para os próprios brasileiros? Temos muito o que oferecer no quesito nas artes, na originalidade e espontaneidade. O Brasil é a bola da vez no cenário do avivamento mundial e não podemos levantar uma bandeira influente para outras nações que destoe de quem somos. Não sou contra versões americanas ou australianas. Inclusive, em um dos meus EPs, interpreto uma versão, africana (risos). Não sou contra nada, porque no quesito arte, toda expressão é válida. Apenas levanto a minha bandeira de que não podemos tolher a nossa autenticidade só reproduzindo o que não nos define culturalmente.

Foto: divulgação

TG – Em  uma entrevista você havia comentado que projetos ousados faziam parte de sua vida, como cantar em Barretos e eventos “não cristãos”, você realizou esses projetos

KA – Eu acredito que a Igreja deve ser relevante em cada seguimento da Sociedade e o Campo das Artes, Mídia e Entretenimento é um deles. Em Olinda, fui convidada pela 7ª vez esse ano para cantar em um “Pólo Gospel” nas prévias Carnavalescas. Sempre recebo muitos testemunhos de pessoas que são impactadas e mudam de vida após uma experiência com Deus em eventos como esse. Quando Jesus esteve aqui na Terra, ele não frequentou apenas as Sinagogas. Ele foi aos lugares “menos evangélicos” e fez coisas que surpreenderam a Sociedade porque Ele não veio para os que estavam curados, Ele veio para os doentes e foi assim que Ele nos enviou. Precisamos estar lá fora onde os pecadores estão e contagia-los com a vida de Deus que há dentro de nós. É óbvio que há um equilíbrio aqui e eu faço minhas as palavras do apóstolo Paulo que disse: “Quando estou com os pagãos, concordo com eles tanto quanto possível, com a exceção naturalmente de que, como cristão, eu devo fazer sempre o que é correto. E assim, concordando com eles, posso ganhar sua confiança e ajudá-los também.” (1ªCo. 9:21). Participar de Eventos “não cristãos” me possibilita entrar com a mensagem que as pessoas precisam para que novas rotas sejam estabelecidas na vida delas. Creio que alguns serão alcançados dentro das Igrejas, nas Casas, através dos Programas de TV’s, Rádios, Internet, mas há aqueles que serão alcançados também nesses ajuntamentos e de forma surpreendentes serão tocados por Deus em lugares nunca antes imaginados. Se Deus quiser me levar para esses lugares, eis-me aqui!

TG – Deixe uma mensagem aos internautas

KA – Jesus está as portas e nós temos uma grande responsabilidade nessa segunda vinda. Precisamos estar posicionados naquilo que Deus nos criou para ser e sermos atuantes, ativos mesmo na obra que Ele nos chamou porque só assim o plano se cumprirá de forma que Ele volte no tempo determinado pelo Pai. Ser omisso na jornada Cristã ou passivo é tão nocivo quanto estar fora dela. Eu desejo e oro para que cada leitor possa se localizar no que Deus tem para sua vida e mergulhar profundamente nisso a ponto de que nada mais importe e assim a vida de Deus emane de cada um afetando a Sociedade em todos os níveis e segmentos.

Rapidinhas ToNoGospel:

Família – Base
Livro predileto –  A Bíblia
Uma cor – Branco
Igreja – Corpo
Ministério – Serviço
Dinheiro – Servo
Um lugar – Campo Grande, porque é o lugar onde eu deveria estar nesta Estação.
Um Pastor – Cleone Filho
Um nome – Jesus

Deus – Amor

 

A cantora Karol Araújo convida a galera, seja jovens ou pessoas mais velhas, para ouvir o seu EP, e acompanha- lá nas redes socias:

Instagram /FB – http://@karol_araujo

Youtube – http://KarolAraujoVEVO

Contatos para show: 81.34312539 | 31.974849058

Foto: divulgação

Por Alzira Gavilan