Segunda publicação de ontem (19) do jornal Folha de São Paulo, quase 100% das igrejas estão irregulares segundo último censo levantado em 2015 pelo Conselho de Pastores de São Paulo.
A reportagem destacou ainda que a maioria das igrejas ilegais não possuem sequer número de CNPJ, a maioria estão sem Alvará ou funcionando com Alvará vencido e não possuem licença para funcionamento do Corpo de Bombeiros. A reportagem destacou o caso da pastora Luana Sidnei que sentia que tinha um chamado de Deus para cuidar de pessoas, e hoje sua igreja reúne cerca de 30 fiéis, que se reúne em cadeiras brancas de plástico, no térreo de um prédio de dois andares com a porta metálica pichada, em São Miguel Paulista (zona Leste de São Paulo).
Mal sabia ela, quando inaugurou há dois anos seu Ministério, o sufoco que passaria para prover todos os trâmites burocráticos exigidos para o funcionamento de um templo religioso. A situação irregular de sua denominação não é exceção, mas regra da maioria absoluta das igrejas brasileiras.
Segundo determinação do Código Civíl, artigo 44 que determina que organizações religiosas – como partidos políticos ou fundações, por exemplo – sejam “pessoas jurídicas de direito privado” e sejam registradas como tais.
Ainda segunda a reportagem, no segmento evangélico, é comum escutar que mais de 95% das igrejas estejam irregulares – número apontado pelo Conselho. “A realidade é assim: o pastor quer abrir igreja, aluga um salão, põe um monte de cadeira e acha que é só isso. Eles sabem pregar a palavra de Deus, ponto. Não sabem como administrar, montar tesouraria”, diz a pastora Mônica Santos, ao jornal Folha da São Paulo.
Pastora Mônica, lider do projeto igreja Simples que ajuda a regularizar igrejas irregulares. Foto: Danilo Verpa//Folhapress
Como a maioria dos templos pequenos não se regularizou, é impossível saber quantos há na maioria das cidade do país. A dificuldade é maior ainda quando se trata em calcular as igrejas no âmbito nacional, num país onde cresce a cada dia o número de evangélicos e igrejas.
Na cidade de São Paulo, é possível denunciar igrejas irregulares através do telefone 156. Segunda à pastora Mônica, os pastores devem buscar conformidade com a Lei. “Lutamos em defesa da igreja, para que ela não seja lacrada”, afirma.