Escola bíblica Rhema tem mudado vida de pessoas nos presídios

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Rafael Luchi, 28 anos, é professor itinerante do Centro de Treinamento Bíblico Rhema e diretor há 1 ano e meio do Rhema Prisional em Minas Gerais. Naquele estado, há duas unidades da escola, uma em Belo Horizonte e outra em Ribeirão das Neves.  Em depoimento ao TG ele fala um pouco do trabalho da recuperação de presidiários com o projeto.

O Rhema prisional está instalado nos estados de Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro. O método de ensino é o mesmo da escola convencional bem como o material didático e a grade curricular. Os presidiários participam das aulas ás terças e quintas-feiras, com 3hs/aula, totalizando 6hs durante a semana, por dois anos. A intenção é ensinar a Palavra, a Bíblia, para quem estiver interessado. O pré- requisito é saber ler e escrever e ter pena de mais de dois anos para ser cumprida em regime fechado. O projeto existe há cinco anos e é interdenominacional. A maioria dos participantes já é cristão de diversas igrejas (Batista, Prebisteriana, Metodista e outras) e há casos de presos de outras religiões que procuraram o curso. As apostilas utilizadas, os uniformes e a manutenção dos alunos dentro dos presídios são feitos por meio de doações dos membros das próprias igrejas. Não há parceria com o governo nos estados.“Infelizmente o próprio governo não acredita tanto na ressocialização do preso, do reeducando. A gente vê isso quando ele sai. Ele sai e nunca mais pode prestar concurso público, você vê que o próprio sistema não acredita que ele possa mudar e nós contamos mesmo as pessoas que acreditam na mudança”, lamenta Luchi.

“Eu acredito que se conseguir um ali que era assassino, um ali que era traficante, um ali que era assaltante saia mudado e transformado ele não irá cometer as mesmas falhas lá fora. Então é menos uma família que pode ser morta, menos um jovem que pode ser assaltado, menos um jovem que pode entrar pras drogas. Eu acho que isso conta muito na sociedade”, pontua o diretor.

Um dos casos que mais chamou a atenção de Rafael Luchi durante esse período de trabalho no Rhema prisional foi de um rapaz que cumpre dez anos no regime fechado por latrocínio, roubo seguido de morte. Um crime cometido com requintes de crueldade. O caso tem sido acompanhado pela diretoria do Rhema em Belo Horizonte.   “Em momento algum ele tenta me provar que ele mudou, mas eu vejo no comportamento dele e dos próprios agentes falando da mudança desse rapaz (…) ministra a Palavra com fervor mesmo, com verdade, não esconde seu erro, ele fala que quer cumprir toda a sua pena, quer pagar pelo que cometeu, mas ele pode começar lá dentro uma nova historia. O que me marcou foi isso, ele falou que não precisa sair de lá pra começar uma nova historia, por que Deus, é um Deus ilimitado”, destaca. O apenado conseguiu constituir família durante esse tempo. É casado e tem um filho e a esperança é da continuidade da mudança de comportamento gradativa

Todos os que participam do curso recebem orientação psicológica e emocional. Para Rafael Luchi, passou da hora de Mato Grosso do Sul ter uma unidade do Rhema prisional. “De extrema importância, aqui tá precisando com urgência, principalmente pelos noticiários nacionais, a criminalidade cresceu muito aqui , a gente realmente precisa de um Rhema no presídio, por que o resultado é bom. (…) Acreditem no projeto, porque isso tem mudado a vida de pessoas, eu acredito em pessoas por que Deus acredita nelas , acredite no Rhema no presídio”, finaliza. 

Rhema

O Centro de Treinamento Bíblico Rhema é uma escola bíblica de caráter interdenominacional que já formou mais de 50 mil alunos ao redor do mundo. Fundado em 1974, na cidade de Tulsa, Oklahoma, pelo reverendo Kenneth E. Hagin, foi trazido ao Brasil pelo casal norte americano Bud e Jan Wright.  Hoje são mais de 100 unidades em território nacional. Outras informações podem ser obtidas pelo site: http://www.rhema.org.br/

Por: Ana Carolina de Souza