Donald Trump indica governadora evangélica para ser embaixadora na ONU

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Depois da indicação do negro Ben Carson, filho de uma faxineira, para um dos cargos mais importantes da estrutura organizacional do seu governo, Donald Trump surpreende seus detratores nomeando agora uma mulher, oriunda de uma família de imigrantes indianos, para um dos cargos mais sensíveis da sua política externa. Ambos são evangélicos e ambos defendem Israel.

TESTEMUNHO EM LIVRO

Ao longo da campanha eleitoral que o levou à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump sempre deixou clara a sua posição a favor de Israel. Também fez questão de cercar-se de assessores cristãos que mantinham a mesma postura. Agora que começa a montar sua equipe, Trump já indicou dois cristãos proeminentes para compor o seu governo.

Depois de escolher o neurocirurgião Ben Carson para a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Humano, Trump convidou agora a governadora da Carolina do Sul, Nimrata Randhawa, para ser a Embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas.

Nimrata “Nikki” Randhawa Haley, de 44 anos, é filha de imigrantes indianos praticantes da religião Sikh, que converteu-se ao cristianismo e é hoje membro ativo da Igreja Metodista Unida nos Estados Unidos.

Nimrata Randhawa deixou a religião Sikh ainda na adolescência e descreveu estas e outras experiências na autobiografia “Can’t Is Not an Option: My American Story”.

NIMRATA RANDHAWA REPRESENTA QUEM REALMENTE É DONALD TRUMP

Além de opositora do aborto, Nimrata Randhawa é contra o excesso de leis que que visam dar privilégios especiais às comunidades LGBT.

Ferrenha defensora do Estado de Israel, foi a primeira governadora a criar uma legislação específica para combater o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), movimento que estimula as pessoas a não comprarem produtos feitos em Israel ou por companhias que tenham fábricas naquele país.

Nimrata opôs-se às políticas de Barack Obama para o Oriente Médio e fez severas críticas à forma como a Casa Branca lidou com a questão nuclear iraniana.

Com esta indicação, Nimrata Randhawa torna-se a primeira mulher e a primeira representante de uma “minoria” a ser nomeada para a administração Donald Trump.

No comunicado oficial, o próximo presidente dos Estados Unidos destacou que “ela será uma grande líder para nos representar no palco mundo.”

Após o anúncio, Danny Danon, embaixador de Israel na ONU elogiou a escolha e Riyad Mansour, representante palestino, criticou a nova embaixadora dizendo que ela é reconhecidamente pró-Israel.

Em janeiro de 2017 Nimrata Randhawa terá a oportunidade de influenciar a posição norte-americana na ONU, pois estão previstas votações de uma série de resoluções contra Israel.

Trata-se de um duro golpe para o lobby árabe que vem tentando criar formas de forçar o reconhecimento da Palestina como uma nação independente e também de dividir a cidade de Jerusalém.

NIMRATA RANDHAWA EM IMAGENS

APOIADORA DAS COMUNIDADES NEGRAS – Nimrata Randhawa manifestando seu apoio à Igreja Episcopal Emanuel, em Charleston, após o massacre que vitimou nove dos seus membros, incluindo o pastor. Todos eram negros.

COMBATENDO A SEGREGAÇÃO – Nimrata Randhawa assinando um projeto de lei que removia a bandeira da Batalha dos Confederados, um símbolo da segregação entre negros e brancos, dos prédios públicos do seu Estado.

PATRIOTA – Nimrata Randhawa abraça o marido, o Capitão Michael Haley, quando este retornava da frente de batalha no Afeganistão em 2013.

Com informações: Notícias de Sião