Uma manobra do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, gerou controvérsia esta semana no estado. Ele exonerou a secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, a economista Teresa Cosentino, e entregou o cargo para o deputado federal Ezequiel Teixeira.
Um dos fundadores da Comunidade Vida Nova, Teixeira tem o título de apóstolo na sua igreja. Eleito como parte da coligação do PMDB no ano passado, ele saiu do Solidariedade, pelo qual se elegeu, e foi para o recém-formado Partido da Mulher Brasileira.
A “dança das cadeiras” no Rio terá consequência direta em Brasília. Com a saída de Teixeira da Câmara, assume Átila Alexandre (PMDB), que é aliado de Leonardo Picciani. Isso reforçará diretamente Dilma, pois Picciani é reconhecidamente governista e tem defendido a presidente com unhas e dentes. Ele recentemente foi destituído do posto de líder do partido na Câmara e substituido por Leonardo Quintão(MG).
Agora, mais um deputado federal do PMDB fortalecerá a bancada contrária ao impeachment.
Comunidade gay se revolta
A escolha de um líder evangélico gerou revolta no movimento LGBT carioca. O programa Rio Sem Homofobia, subordinado à pasta que está nas mãos de Teixeira, teme que agora suas atividades poderão ser encerradas pelo governado do estado.
O material da campanha eleitoral do apóstolo Ezequiel em 2014 comparava homossexuais ao anticristo e condenavam a adoção de crianças por casais homoafetivos. Também alertava para os riscos que incluíam desde “transtornos de identidade sexual na infância” até a “exposição à pedofilia”.
O governador Pezão defendeu o novo secretário das críticas: “Ele [Ezequeiel] foi uma pessoa que integrou a minha coligação, que tem um grande trabalho nessa área (de Direitos Humanos). Ele não vai fazer nenhum tipo de discriminação”, asseverou.
Com informações: O Dia e O Globo