O privilégio de ser pastor observando o termo “ministro” nas línguas gregas e hebraicas, encontramos sempre a designação de alguém que foi chamado para servir .O Dicionário Bíblico Wycliffe (2006, p.1287, CPAD), diz que no antigo testamento a palavra comum para ministro é mesharet. Este é um particípio do verbo Sharat. A expressão pode indicar aquele que assiste uma pessoa de alto escalão, assim como no caso de Josué e Moisés (Êx 24.13, Js 1.1), Elias e Eliseu (1º Rs 19.21).
Nos escritos mais recentes este termo se referia aos oficiais reais (1º Rs 10.5; 2º Cr 22.8), e até mesmo aos anjos de Deus (Sl 104.4). Entretanto, o uso mais característico estava relacionado à ministração dos sacerdotes no Templo (Dt 10.8; 17.12; 21.5; Is 61.6; Ez 44.11; Jl 1.9, 13; Ed 8.17; Ne 10.36)”. Bem, então podemos concluir que o ministro é um servo, alguém escolhido para servir. Mas eu gosto muito do termo “pastor”; Este é o responsável por apascentar o rebanho de Deus.
Apascentar é um serviço que contém uma diversidade de ações a fim de nutrir bem o rebanho. Não devemos nos envergonhar por sermos chamados ovelhas pois o próprio Senhor nos chama assim, é um privilégio sem igual; “Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: SENHOR, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelha” (Jo 21:17). O pastor deve viver à serviço do rebanho, mas por isso também Deus lhe concedeu a autoridade para exortar , ensinar e consolar.
“Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá”(1 Tm 4:13). Sempre devemos ter a lei da honra e do reconhecimento no coração, porque não podemos nos esquecer quão grande é o privilégio que temos. Sempre agradeço a Deus por eu ser pastor, mesmo quando não estou sentindo isso, me esforço para lembrar-me a mim mesmo. O pastor sofre é verdade; às vezes é desacreditado, às vezes é desrespeitado e injustiçado mas isso faz parte do chamado.
Não pense os pastores que poderão ser maiores que o sumo pastor. Se Jesus passou por muito sofrimento, os ministros na terra passarão por isso também, mas vale a pena. “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR.
Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa” (Jo 15:20). Os inaptos para o Reino de Deus pegam no arado e olham para trás, porém quem quiser agradar a Deus deve negar-se a si mesmo e seguir trabalhando e fazendo isso com alegria, porque senão não será útil. “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hb 13:17).
Te pergunto: – Você acha que vai realizar um trabalho tão magnífico como o ministério pastoral sem sacrifícios? Vale a pena, é melhor fazer a obra de Deus com sacrifícios, do que não fazer nada para Ele. Quem se sacrifica colhe com certeza seus molhos; “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126:5-6). “Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis” (Hb. 6:10).
Apóstolos Sandim e Orali