Atiradores da milícia islâmica Al Shabaad deixaram ao menos 147 mortos e 79 feridos nesta quista-feira(2) em universidade no nordeste do Quênia.
Enquanto muitos quenianos carregavam cruzes nas procissões da Sexta-Feira Santa, outros eram revistados nas entradas das igrejas. A data sagrada foi dominada pelo medo, até entre quem saiu de casa para rezar pelos estudantes.
Os terroristas do grupo Al-Shabaab, da Somália, que invadiram a Universidade Garissa nesta quinta-feira (2), no Quênia, assumiram que os alvos do ataque eram estudantes cristãos.
Um aluno que escapou por pouco conta que ouviu os terroristas dizendo: "Nós viemos para matar ou para sermos mortos".
Moradores revoltados acusam as autoridades de não fazer o suficiente para proteger os alunos, apesar de saberem da ameaça de um ataque terrorista na região.
Até o governo britânico já estava em alerta para o perigo do grupo Al-Shabaab. Na semana passada, o Ministério do Exterior desaconselhou qualquer viagem não essencial ao Quênia. Após o ataque, o presidente queniano admitiu que a polícia sofre com a falta de pessoal e ordenou que novos recrutas comecem a treinar imediatamente.
Nesta sexta-feira (3), muitas famílias tiveram que fazer fila para passar por mais um sofrimento: identificar os corpos das vítimas.
Na cidade de Garissa, onde o massacre aconteceu, centenas de pessoas de diversas religiões marcharam juntas contra o terrorismo.
O ataque foi o pior a acontecer no país desde que a Al Qaeda matou um total de 224 pessoas ao explodir caminhões-bomba contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia em 7 de agosto de 1998.
Fonte: G1 – FolhadeSãoPaulo