Rosane confirma uso de rituais de magia negra na época de Collor

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Rosane Malta, ex- primeira dama, anuncia nesta quinta-feira, 04 de dezembro, a biografia “Tudo o que Vi e Vivi”, da editora Leya. O livro contém 222 páginas e será lançado em Maceió. Na obra, “Janja”, apelido de infância, relata a trajetória que a levou do sertão alagoano, mais precisamente da cidade de Canapi, cidade natal, até a capital do país, Brasília. Na época, casada com o então presidente Fernando Collor de Melo, Rosane foi a primeira-dama mais jovem que o país já teve. Eles casaram-se quando Collor ainda era prefeito de Maceió e a união durou 22 anos. Nesse meio tempo, Rosane descreve tudo o que viu e ouviu durante o mandato de Collor, da ascensão do jovem político á derrocada com o impeachment em 1992.

Na obra, conforme matéria publicada pelo Jornal Folha de São Paulo, há espaço para relembrar o tesoureiro da campanha de Collor, PC Farias e encontros com Fidel Castro e a princesa Diana. Gastos e fortunas de mais de US$ 50 milhões também são detalhados na obra.

Entre os relatos mais curiosos, Rosane confirma a realização de rituais de magia negra na Casa da Dinda, residência oficial da presidência na época. Entre eles, uma mãe de santo alagoana teria feito um “trabalho” por encomenda de Collor, para que o apresentador de TV Sílvio Santos, não fosse candidato á presidência. De acordo com a biografia de Rosane, havia o sacrifício de animais.  “Quando tudo acabava, ficava uma sujeira danada, sangue espalhado”, aponta um trecho da obra.

Em tempo, a ex- primeira dama converteu-se e hoje frequenta uma igreja evangélica em Maceió. “O mais interessante é que, tanto eu como a mãe de santo [Cecília], aceitamos Jesus e nos afastamos completamente da magia negra… Fomos as únicas que escapamos da tal ‘maldição do impeachment’”, diz o trecho. A conversão teria vindo após um processo de depressão, culminada com o aborto enquanto estava grávida de gêmeos.

Rosane Malta disse não temer a processos na justiça por conta de trechos polêmicos da biografia e não descarta a produção de um segundo livro. Com informações do jornal Folha de São Paulo