Os dados são do instituto Pew Research, de Washington, nos Estados Unidos, divulgada na última semana. Conforme a pesquisa, elaborada por vários institutos independentes, e dos censos do Brasil e México, em 4 décadas, os católicos passam de 92% da população para 62%. Por outro lado, o número de protestantes passou de 4% para 19%. O levantamento leva em conta os anos de 1970 a 2014.
A sondagem foi baseada em 30.000 entrevistas presenciais realizadas entre outubro de 2013 e fevereiro de 2014 em todos os países de língua espanhola e portuguesa da América Latina e do Caribe, com a exceção de Cuba e incluindo Porto Rico, incluídas no banco de dados do World Religion Database.
Na publicação, o termo “protestante” abrange membros de igrejas históricas (batistas, adventistas do sétimo dia, metodistas, luteranas e presbiterianas), de igrejas pentecostais (Assembleia de Deus, Igreja Pentecostal de Deus e Igreja Evangélica Quadrangular) e outras. Menos de 1/4 dos protestantes consultados pertence a uma igreja histórica, e mais da metade faz parte de uma igreja pentecostal. Isso ocorre, devido ao esforço do movimento de evangelização das igrejas onde 58% revelou que se converteu do catolicismo ao protestantismo por que a nova igreja os procurou. Além disso, os entrevistados declaram a mudança de religião devido a busca de uma ligação mais pessoal com Deus, motivo citado por 2/3 do total da maioria dos países.
Atualmente, mais de 425 milhões de católicos vivem na América Latina – quase 40% da população católica mundial, colocando o continente com mais católicos do mundo.
Pelos países, o Paraguai é o mais católico (89% da população) e o Uruguai, o menos (42%). O catolicismo predomina em países como o México, Colômbia, Equador, Bolívia e Peru. No Brasil, o percentual de católicos é de 61%, representando 120 milhões de pessoas. O atual líder da Igreja Católica, o argentino Jorge Mario Bergoglio, é o primeiro Papa latino-americano, mas ainda não se sabe qual influência a escolha do pontífice dessa região pode trazer para o aumento ou diminuição dos católicos.
A pesquisa também mostra que aumentou o número de pessoas sem filiação religiosa – que se declaram ateias, agnósticas ou nada em particular –, passando de 0% para 8% em toda América Latina.