Fundac é alvo de pichação em meio a polêmica com 5ª Gospel

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Alvo de polêmica envolvendo a realização de shows religiosos, a Fundac (Fundação Municipal de Cultura) amanheceu na quarta-feira (17) com a fachada pichada com os dizeres: “Macumba” e “fora Danese”, provavelmente em referência ao cantor gospel Regis Danese.

De acordo com a diretora presidente da fundação, Juliana Zorzo, por volta de 2h da madrugada três homens foram até o local em duas motos e picharam a fachada do prédio. De acordo com ela, um guarda municipal que estava de serviço ainda tentou interceptar os homens que conseguiram fugir. Um boletim de ocorrência foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

Conforme Juliana, o ato de vandalismo vem de encontro as polêmicas envolvendo a proibição de apresentações culturais oriundas de matrizes africanas na 5ª Gospel. “Quem fez isso quer polemizar. Não sabemos quem foi, se é pessoas ligadas ao movimento ou apenas alguém que quer se utilizar desse assunto para aparecer”, disse.

Juliana lamentou o ato de vandalismo que gera custos para o município. “Isso é lamentável, ainda mais por se tratar desse assunto. Agora teremos que gastar dinheiro público para limpar isso”, disse.

A polêmica teve início depois que o vereador Eduardo Romero (PTdoB) apresentou, na Câmara Municipal, um ofício encaminhado ao presidente da Tenda de Umbanda Pai Joaquim de Angola, Elson Borges dos Santos, que queria apresentação da cantora Rita Ribeiro, artista espírita e que apresenta o projeto “Tecnomacumba”.

Diante da negativa da prefeitura, uma “guerra santa” se instalou na Câmara Municipal e o Ministério Público Estadual abriu investigação sobre o caso. A promotora Jaceguara Passos disse que aguarda o prazo de 30 dias dado á prefeitura para resolver a questão e abrir o evento para artistas de outras religiões. Além da Quinta Gospel, o procedimento abre questionamento também sobre recursos investidos na Marcha para Jesus. Com informações da Campo Grande News