Marco Feliciano concede entrevista para Playboy e é questionado por entidade de pastores

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O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) pode ser excluído da Convenção Geral das Assembleia de Deus do Brasil (CGADB) por ter dado uma entrevista à revista “Playboy” no mês passado.  A iniciativa de exclusão do pastor partiu da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo (Confradesp), presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB e da Assembleia de Deus em São Paulo.

Feliciano  afirmou que não poderia perder a oportunidade e que sua intenção não era estimular a compra da revista, mas atingir os leitores. “A revista perguntou se eu queria falar. Jamais perderia essa oportunidade. A entrevista com meu testemunho pessoal tem um alvo: os leitores daquela revista. E os crentes que fiquem em oração”, disse Feliciano.

Na entrevista Feliciano tratou de suas experiências com drogas antes de sua conversão, sobre sua posição a cerca da homossexualidade e outros temas polêmicos como sexo anal, criticas ao governo e do seu desejo de se tornar presidente, além de criticas a ex-senadora Marina Silva.

Caso o processo de exclusão permaneça o nome do parlamentar, que é líder da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, deve ser encaminhado a CGADB e sua exclusão poderá ser votada em uma Assembleia Geral Ordinária (AGO).

A Confradesp reúne mais de oito mil pastores do Ministério do Belém no Estado de São Paulo e decidiu abrir uma apuração contra Feliciano em seu conselho ético. Para os pastores o conteúdo da entrevista não é o problema, mas a mídia que a transmite. O pastor Lelis Washington diz que o problema está na revista e não nas declarações de Feliciano. “Deixando de analisar a entrevista, não é essa literatura que recomendamos aos fiéis”, disse.

Feliciano afirmou que não foi comunicado (Confradesp) sobre uma eventual apuração no conselho de ética da entidade e disse ainda que se fosse convidado, “iria até o inferno” pregar o Evangelho.   “Só vi um meio de comunicação diferente e percebi que muitos leram a minha entrevista e se a semente pode ser lançada em pelo menos uma alma creio que tamanha aflição não terá sido em vão. Para falar de Jesus, eu iria até ao inferno, se convidado fosse. Não há mérito ser luz na luz, mas ha mérito ser luz nas trevas. A desculpa de que crentes irão comprar a revista pra ler a entrevista é infantil demais, afinal, pornografia pesada está disponível na internet, de graça!”, argumentou o pastor.

A afirmação foi feita numa entrevista ao portal Guia-me. “Até agora não fui informado ou procurado pela Confradesp. Inventa-se muito, especula-se muito. Caso seja procurado terei o direito a explicar e creio na ponderação desta grande convenção pela verdade e pela justiça, que com certeza não é guiada por fofocas”, defendeu-se.