Questões como a legalização do aborto, descriminalização das drogas e reconhecimento da união homoafetiva devem estar no foco dos eleitores evangélicos. O presidente do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp), Wilton Acosta, não tem dúvidas da necessidade dos futuros candidatos à Presidência da República, mostrarem-se de forma clara, suas opiniões e posições em assuntos como o aborto, a família, a mordaça gay e com relação ás drogas. Ele lembra que o aborto pautou o segundo turno nas últimas eleições presidenciais, no ano de 2010. E o mesmo pode se repetir em 2014. “Candidatos que não queiram se comprometer com os valores familiares não terá apoio da grande maioria do segmento evangélico, posso te garantir isso”, declara, reforçando que as lideranças serão convocadas a não homologar votos a esses candidatos.
Mais radical, o deputado federal Henrique Afonso (PV/AC), disse que o projeto de esquerda não pode mais continuar governando o Brasil. Propostas em defesa da família e da liberdade religiosa precisam ser pautados no poder executivo e legislativo. Para o parlamentar, só assim será possível construir um Brasil sem corrupção, com justiça social e de desenvolvimento econômico para todos. “Nós queremos a construção de um grande Brasil, potencial do ponto de vista econômico, mas de um Brasil que respeite os valores cristãos e o poder que está aí não respeita os valores cristãos”, sentencia.
Ele relata que a base do governo petista nasceu dentro do socialismo, ou seja, uma sociedade sem Deus. “Por isso essa insistência de se falar em estado laico sem receber o respeito do que é uma nação cristã. Nós somos 90% de cristãos no Brasil e o país não pode estabelecer suas políticas públicas ignorando essa grande realidade”, disse o deputado federal, palestrante do primeiro dia do Congresso Estadual do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp), realizado em Campo Grande.
O apóstolo José Edmilson, presidente da Aliança Evangélica Brasileira em Mato Grosso do Sul (AEVB-MS), destaca realização do evento para os parlamentares cristãos. No estado de MS, os evangélicos chegam perto de 40% da população e na visão do apóstolo, “muitas vezes nós somos ignorados”. O conselho estadual de pastores, bem como os conselhos municipais, conta com agenda de mais encontros e reuniões ao longo do ano para debater o assunto. “Com certeza vai se estender o debate com relação ás próprias eleições em definição de nomes, de cargos, a procura por estabelecer os deputados, então nós vamos trabalhar por isso”, declara o apóstolo.
Em outubro, além das eleições para presidente será definido o cargo de senador, deputados federal e estadual e do próximo governador do Estado.