Lideranças debatem políticas públicas que ferem valores cristãos em Congresso

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A Igreja Evangélica de Campo Grande (IECG) sedia o II Encontro de Lideranças Evangélicas do Mato Grosso do Sul e o Congresso Estadual do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp). Entre os participantes estavam lideranças da Capital, do interior do Estado e de outras regiões do país.

De acordo com Wilton Acosta, presidente da Fenasp, o evento debate a avalanche de legislações em tramitação no Congresso Nacional e no Poder Judiciário onde são confrontados os valores da família e á vida. Para a equipe do Tô No Gospel, ele cita a tentativa de descriminalizar o aborto, inclusive para fetos até o nono mês de gestação, e a deliberação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em reconhecer a relação homoafetiva. “Todas essas iniciativas, as drogas, a prostituição, a reforma do Código Penal são ações que enfraquecem a instituição que é a base da sociedade, que é a família (…) é por isso que estamos prontos para fazer esse trabalho de reação, esse contraponto para não entregar o Brasil para isso tudo”, esclarece.

Palestrante do primeiro dia do evento, o pastor Jonatas Câmara, da Assembleia de Deus, do Amazonas, levantou o debate sobre a “Atuação Estratégica das Lideranças Evangélica na Sociedade”. A intenção era reforçar a importância do líder no contexto social e político. Em alguns estados, como o Mato Grosso do Sul, o processo está bastante avançado na avaliação do pastor.  E para mudar a realidade, ele defende a unidade das lideranças com “os pastores buscando através das associações, buscando a comunhão, buscando essa unidade, eu entendo que isso vai dar uma aceleração muito grande ao processo do reflexo no político e no social. Eu louvo a Deus pelo Fenasp”.

Para o deputado federal Henrique Afonso (PV/AC), a desconstrução de valores sociais é promovida mundialmente através da Organização das Nações Unidas, com diretrizes para intensificar a cultura da morte, a desconstrução da família e o corte na liberdade religiosa. “Deus tem um conceito de família, mas, infelizmente os homens querem desconstruir esse conceito (…) e nós sabemos que ser cristão nesse momento é defender um modelo de sociedade onde a gente, primeiro, respeite as coisas de Deus e a gente não vê isso no coração das pessoas”, sentencia.

Já na visão do Apóstolo Edmilson, presidente da Aliança Evangélica Brasileira (AEVB) em Campo Grande, o evento é uma oportunidade para as lideranças do Estado. Para o apóstolo, a maior conquista prática do encontro é ampliar o entendimento trazendo a informação até as lideranças para serem propagadas nas igrejas.   “Por que o nosso povo precisa ser informado das políticas públicas e tudo o que acontece no Senado. O nosso povo é muito voltado para, a Bíblia, para a Palavra e negligencia as questões sociais”, justifica.

Ao todo, mais de 400 lideranças eram aguardadas para o evento. O presidente do Conselho Estadual de Pastores de MS e integrante da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (CONCEPAB), Ronaldo Batista, defende a ampliação do debate a todos. “Nós estamos buscando, primeiramente, conscientizar a liderança então a nossa ideia é alcançar pastores, parlamentares evangélicos, empresários, líderes de maneira geral, pessoas da área da educação como professores, diretores, supervisores de escolas (…)”.

Entre os parlamentares evangélicos, a vereadora Rose Modesto (PSDB) prestigiou a abertura do Congresso e destacou a troca de informações com parlamentares e lideranças de outros estados.  “E aí acaba que a igreja, a sociedade e a cidade acabam ganhando com isso também”, disse.

O prefeito Gilmar Olarte (PP) destaca o protagonismo das lideranças e pontua que a Igreja tem participado ativamente da sociedade, inclusive servindo de instrumento transformador da sociedade brasileira.  “Esse evento vem demonstrar essa força (…) e eu como prefeito e também, evangélico, entendo que iniciativas como essas, eu tenho que apoiar, incentivar, fomentar”. O Congresso Estadual do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política termina nesta quinta-feira (1º).