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“Estamos prontos para morrer em qualquer igreja que for bombardeada”, diz cristão egípcio

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Durante celebração de Natal realizada por cristãos coptas egípcios neste sábado (7) na Catedral Ortodoxa de São Marcos, no Cairo, a igreja foi cercada por um forte esquema de segurança.

Devido a diferenças entre o calendário juliano e gregoriano, cristãos de tradição oriental celebram o Natal em 7 de janeiro e não em 25 de dezembro.

Ao longo dos anos, a comunidade de cristãos do Egito tem sido alvo de diversos ataques terroristas. No mês passado, um homem-bomba enviado pelo Estado Islâmico atacou um culto religioso no Cairo, deixando 28 fiéis mortos.

Mesmo com as ameaças, alguns cristãos coptas dizem que não permitirão que o medo do terrorismo os impeça de adorar a Deus.

"Eu espero ser um dos mártires. Estamos prontos para morrer em qualquer igreja que eles quiserem bombardear, não estamos assustados", disse o cristão copta Sohair Moussa.

O presidente egípcio Abdel-Fattah el-Sissi participou da celebração religiosa de Natal para mostrar solidariedade com a minoria sitiada.

Os cristãos do Egito representam cerca de 10% da população composta por 90 milhões de pessoas.

Os fiéis coptas, principalmente os membros da Igreja Ortodoxa — uma das mais antigas —, costumam sofrer discriminação e violência nas mãos da maioria muçulmana da nação.

Com informações: Guia- me