De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população que em 1940 era de 40 milhões de habitantes, atualmente, soma mais de 207,7 milhões de brasileiros. Acredita-se que o número de crianças abandonadas e que vivem nas ruas no Brasil chegue a 150 milhões.
Preocupadas com essa realidade, várias igrejas evangélicas de Campo Grande desenvolvem um trabalho que auxilia na formação cristã e moral das crianças, oferecendo aos filhos dos membros e visitantes o apoio espiritural enquanto os pais assistem ao culto.
Pâmella Caroline dos Santos Queiroz, de 23 anos, testemunha que quando chegou na igreja aos 10 anos de idade foi recebida com muito carinho pelas educadoras da igreja.
Pâmella conta que sua família, na época, era toda desestruturada e que sua mãe não era nem um pouco amorosa. “Eu ia sozinha pra igreja mesmo sendo criança, as tias eram tão carinhosas comigo, elas me davam aquilo que eu não tinha em casa, e isso foi o grande diferencial para que eu permanecesse na igreja e aprendesse mais da palavra de Deus. Mas o fator principal para que eu permanecesse na igreja, foi o amor das educadoras comigo”, afirma ela.
Hoje, Pâmella Caroline é obreira e educadora na Escola Bíblica Infantil (EBI) da igreja Universal, casada com o obreiro Thyago e mãe do Heitor de 10 meses, ela se dedica em dar todo amor que recebeu para as crianças que chegam na igreja, pois aprendeu o quanto é importante amar as crianças e ensiná- las sobre esse amor, o amor de Deus.
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Pâmella Caroline, seu esposo Thyago e seu filho Heitor de 10 meses (Foto: reprodução facebook)
Para Maria Luiza, de 18 anos, que congrega na Igreja Verbo da Vida de Campo Grande e possui uma história um pouco parecida com a de Pâmela, ela se recorda que quando chegou na igreja aos 9 anos de idade passou a ouvir a palavra de Deus e desde então, passou a entender o quando Deus é bom. “Aos 11 anos de idade fui selada com o Batismo no Espírito Santo e esse momento foi muito importante na minha vida e sou muito grata a Deus por isso” lembra Maria Luzia.
Hoje, Maria Luiza se dedica ao Departamento Infantil (D.I) da igreja por amor as crianças e gratidão a Deus, pois agredita que sendo voluntária na igreja é uma forma de recompensar tudo aquilo que recebeu de Deus na sua infância.
Maria Luiza ( Foto: Alzira Gavilan)
Marina, 19 anos, que também congrega na igreja Verbo da Vida em Campo Grande e é voluntária no berçario da igreja diz: “Aqui na salinha do berçario as crianças de 0 a 2 anos já ouvem os ensinamentos a respeito da criação do mundo, sobre a bíblia, sobre Jesus e a gente vê que mesmo sendo tão pequeninos eles recebem a palavra de Deus” relata Marina.
Para a educadora e voluntária Tayna,19 anos, da igreja Verbo da Vida, a salinha da igreja não é só um lugar para segurar ou entreter a crianças para seus pais irem assistir ao culto, a salinha é um local onde a criança vai ouvir e aprender as coisas de Deus, e aprender a exercitar sua fé. “É impactante para nós educadoras vermos crianças de 4 a 8 anos de idade serem batizadas pelo Espírito Santo e orarem em outras línguas, é gratificante vermos crianças serem tranformadas interiormente dentro das salinhas na igreja.”
Tayna ensinando as crianças sobre a importância da oração (Foto: Alzira Gavilan)
No entanto, Tayna conclui que todo educador que desenvolve um trabalho voluntário de cuidar das crianças não deve somente ensinar a palavra de Deus, mas viver a palavra e ser um espelho para os pequeninos, pois o comportamento do educador tem influência sobre o vida de cada criança.
A santa ceia sendo ensinada para as crianças (Foto: Alzira Gavilan)
Momento de oração com os pequeninos (Foto: Alzira Gavilan)
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Carol Gama educadora da salinha( na ponta da esquerda para a direita) e voluntárias (Foto: Alzira Gavilan)
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Marina educadora da salinha do berçário ao centro( da esquerda para a direita) e voluntárias. Foto: Alzira Gavilan
Por: Alzira Gavilan